quinta-feira, 24 de maio de 2012

Eu não encontro o chão da rota no escuro

Você não vê meus olhos desfirmes
Meu olhar perigoso que não teme a morte
Você não vê minha barriga vazia
Minha barriga preenchida de ar, de vazio
Meus pés que cambaleiam, que não andam

Você não vê quando eu sou o mais prejudicado pelas consequências de teus prejuízos
No vazio da minha barriga é onde eu fico com o prejuízo
E fico só

Você sabe entender "tudo bem" quando diz as verdades de si
Eu sei sofrer as tuas verdades sozinhas de mim
E eu preciso entender, eu preciso me entender, e quem diabos é eu?

Isso é injusto, isso são demônios, me deixar com os demônios que não existiram para me criar

O diabo do eu acha que não é bem assim
Há desvios
Aonde estão meus entrevios?

Há uma raiz propícia no vazio dos meus ventos
Ela nasce no escuro que você permitiu enquanto não alegava nada, enquanto disse que era isso e minhas opções vinham de Pandora
Esperanças vazias

O amor é mais e vem do menos que você pediu
O amor não pede esperança com palavras uniformes, monocórdias
E na minha espera só existiu ânsia

Estou perdido na minha noite
A minha raiz nasce no escuro
Aonde eu vou estar amanhã?

Eu estou quebrado e você me pede mais
Eu não sei o que mereço, mas não é isso o que mereço

Eu estou quebrado e você não faz cessar, você me pede mais
Aonde eu vou parar nesse escuro?
Você parece não se importar com meu escuro, onde não consigo mais me enxergar
Eu só consigo te ver
E poderia ser assim se você me visse além de um escuro, mas para ti é tudo mais claro

Aonde eu vou parar?
Tu me deixaste assim
Tu levaste minha luz

segunda-feira, 14 de maio de 2012

01:35

Quando Eles falam para eu ser forte
Quando a gastrite me cruza, a hérnia me dói
O cansaço me estremece
Só assim os olhos umedecem para não o fazerem mais

O limite atingido, o rasgo indefinido
A coisa formada
A dor alcançada

A vontade de ser fraco como nunca, como o sempre somado

Ainda hei de deitar e não mais me levantar
Quando esse dia chegar, nada façam
Nada vai adiantar