segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Você é um escroto, mas tudo bem

As pessoas se encontram no que fazem e não no que são
As pessoas são muito dodóis nessa escassez de oxigênio para calcularem as inconstâncias de agir e agir
A maturidade não existe, só o costume conveniente
As pessoas estão mudando
Cuidado

domingo, 21 de agosto de 2011

A banda quer parar de tocar

Números frios
Conto as batidas
Olhos
Piscadas
Bate desde sempre
Lacrimejando sempre

Vontade de palavras

Dançando sozinho
Dor fina pra finalizar às 00h30 outro ciclo que não entendo

Sempre girando
Girando no espaço buscando a beleza no Cosmo

Como você se chama?
Eu amo pessoas
Eu sou uma pessoa
Me ama
Não quero esperanças
Não me faça cumprir
Não me esqueça

Minhas unhas crescem
O descuido das mãos revelam além dos sorrisos

Você escuta essa batida que não pára?
Você não se assusta?

O que te faz correr?
Não sei o que me faz parar
Queria saber andar

Você não pensa que essa música pode parar agora?
Você dança comigo até cessar?

Queria parar de dançar agora
Sozinho, pois você não existe

sábado, 20 de agosto de 2011

Não, obrigado. Pode ir embora

Cheguei em casa com cara de espanto perante o óbvio
Mas o óbvio não deveria ser óbvio?
O óbvio escrito, inscrito, transcrito, difere do suor
Sentir o dito é objetivar o óbvio

A subjetividade se esvai lentamente com as contrações em vigor
A respiração ofega
O visual recrimina tua liberdade ilusória

Alguém pode me tocar?
Alguém sente se eu sinto febre?
Me sinto queimar
Esfaleço aos poucos e o mundo se soltou da mão de Deus

Busco explicações
Até hoje não consegui uma sequer

Aperto dúvidas nos sonos corridos
Abro pensamentos sem rumo nas ruas de domingo

Seguindo vou, pulsando fico

Não há nada que você possa fazer por mim
Nem tente, será em vão