Contigo não é amor
É zona de jogo
Zona perigosa, pensada
Escalada para a superfície
segunda-feira, 15 de dezembro de 2014
sábado, 27 de setembro de 2014
crônica do amor
não deu certo. os pingos de chuva marcam o visor do celular, compondo pontos furta cor, mágicos.
não deu certo a praia na madrugada, ao invés disso, o caminho me mostrou a solidão temperada.
meus lugares secretos, exteriores. o centro de tudo, as luzes neon, e eu aqui só. fumando um cigarro, bebendo uma nacional e mascando o mentos de frutas que estava esquecido no bolso. o mentos e o neon. juntos, impecáveis. com os pontos furta cor, perfeitos!
estou feliz, só e exterior. o melhor desfecho depois de tudo. pelo menos por hoje, mas um pelo menos bom.
estou nutrido, de proteínas e imagens. um gole da nacional para temperar e celebrar o presente. um gole! Acenda sua luz.
domingo, 21 de setembro de 2014
Assistindo você sem mim
Mais desamparado fico.
E incompreendo também o rótulo de orgulhoso. Não nego a possibilidade astrológica do orgulho de capricórnio. Mas será isso orgulho, nessas circunstâncias?
Ter medo de sofrer, de novo, é um novo significado para orgulho?
Não nego o afeto. Não nego, mas. E mais, não negarei isso que é tão maior que eu e que pode me destruir, e que me abala, mas eu não posso poder, não posso me permitir. Para quê? Eu já vivi isso mais de uma vez para poder estar falando agora. Já coloquei tudo em risco, e a troco de quê? De um presente incerto que já pertence ao passado, nostalgicamente lindo e triste, profundamente triste como eu não quero assumir, por já não existir. Mas a troco de quê desvirtuar planos com os olhos fechados? Já tendo tropeçado em buracos, na mesma floresta, e quebrado alguns membros que hoje não funcionam bem por causa disso tudo, que me arrebatou do céu ao inferno.
Não entendo mais nada, porém sigo o que é leve.
Tudo me faz peso na tua falta, e se já não somos, e se é pesada a dor, que eu seja leve para acompanhá-la sem você.
terça-feira, 2 de setembro de 2014
A bolsa
Falávamos de quadrados, que
viravam outras formas estranhas, imprecisas. Do quadrado, e da loucura. De
como, quando, as vezes, ao sair do quadrado, ou da forma estranha, a loucura te
toma. Essa loucura que é vasta, excessiva. De como a loucura é necessária ser
experimentada, saindo um pouco do quadrado, mas sem manter considerável
distância do próprio quadrado. Quando considerável distância é atingida, o
retorno é exaustivo, longo, cheio de quedas e de lições que podem ser
cristalizadoras, traumatizantes. O ponto de mutação, a crise de idéias e sentimentos,
o retorno e as decisões dentro do retorno. Falávamos, fumávamos, pequenos
suicídios diários, grandes besteiras importantes, criadas. A mitologia de si,
os rituais contemporâneos.
O quadrado de frente com outro
quadrado, o choque. A relação, as ponderações do choque. As construções dos
quadrados, as formas diferentes entre “megera” e “petulante”, do risco, das
loucuras cruzadas, e até de possíveis interpretações equivocadas. Falávamos de
processos, de experimentações -> distância -> surto -> queda ->
retorno -> percalços -> destino (?)
O mal foi assunto, de como ele
existe, existe o “sim” para o mal. O mal que não é o do julgamento social
relacionado a moral, mas o mal energético, negativo. O amor, as sinapses
caóticas, interpretações dispersas e fincadas. Os ensinamentos de tudo, do que
fica. O que é esquecido, por motivos óbvios, não foi mencionado. Falávamos, andávamos.
Aí que, dobrando a esquina,
roubaram minha bolsa. Pá.
(A prova. Uma lição cristalizadora, traumatizante, e aberta)
domingo, 31 de agosto de 2014
Sou a pessoa mais feia do mundo
Talvez os motivos nunca se justifiquem. Talvez nunca haja compreensão. Não consigo compreender o impulso imbecil da não justificação da minha emoção. Abdico, e só desejo meu sono. Abdico hoje, e como nunca antes. Cansei. Abdico, dê-me meu sono, minha paz, minha neutralidade, minha paralisia. Dê-me o hiatos. Desculpas, e o sono, e a preguiça, e nunca mais. E, ah. E nada, e sono, e pena, pena de nós. Não fui feito para o amor, não fui feito. Não fui feito e tenho a neurose do só, e desejo o só agora mesmo. E nada. E só, e nada. E, não entendo. E dói, dói e sorrio. Dói.
segunda-feira, 5 de maio de 2014
Viagra
Você aparece de repente e me escolhe
Sem olhar mais perto, me acolhe de olhos fechados
[lábios sinceros e sorriso escancarado
Perceba o frescor do meu olhar e o silêncio do êxtase
Não devo ter medo, mas é difícil
Encontro a perfeição, não me movo
As surpresas humanas jorram sem pudor
Abrindo portas, não há medo de que o vento possa fazê-las bater
Estático, sou público de teatro feito em palco italiano
Só observo, como um coelho em uma toca
Emolduro
Respiro
Organizo as energias, tento compreender a sintonia
Você é algo próximo e rápido, você é um espelho nas emergências
[uma centelha de vida, de luz
Um mistério que não é escuro, passo em falso no olhar
Porém, não inseguro
Um cômodo aberto
Aberto em amor
Assinar:
Postagens (Atom)