Eu queria perguntas intermináveis
Uma bolha fechada, redonda, rosa, com espaço só para dois
Espaço para ser muito bobo
Queria um tom grave, diversos disfarces
Brincar de te fazer gostar de mim
Descobrir fórmulas e ser completo
Fórmulas fáceis, quase no tempo da televisão
Pois tenho pressa de correr e fugir da nossa razão.
Para Davi Oliveira.
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
terça-feira, 3 de setembro de 2013
Sofrimento pop
Até amanhã, se Deus quiser.
Até amanhã, se Deus quiser.
A barra da mente pára no amanhã incontínuo, a possibilidade
do não. Da não respiração, da inexistência da vida, impedida que vai cheia de
nós no perdão. A barra da possibilidade do não, a não continuação de viver em pé
onde não há lugar. Estar em pé é além da solução, é para além do querer em vão.
Incontínuo, finito por qualquer não. Vomitando nas esquinas as palavras da
louca, o medo das previsões. Quem ela pensa que é? Aonde ela vai me barrando no
não? O medo do aborto do que nem nasceu, a pausa infinita na cama olhando pro
céu, esperando o click, caindo no chão. Se hidratando com água para suprir o que
se foi com as lágrimas. Sprint, sprint! Mais rápido que os carros, mais rápido
que as cobranças, corra na dor, esbarre no nó e siga engolindo, cheio de por
favores, mesmo que sem amor. Sprint, corra. Eles querem passar em cima de você e
não é mera impressão. A incompreensão do amor, não há Bíblia para o amor. Não há
Platão, o banquete está aos restos, cheio de ossos para os cães roerem. Esses
ladrões não vão me roubar, eu grito, eu corro, eu esmurro. Se esse gordo não
parar de tossir no meu pescoço, eu juro que viro e cuspo. Custa colocar a mão na boca? Não quero conversar, não
quero me atrasar, corro com a dor, gritando para a paciência, mandando ela pra
longe. Não existe paciência em 2013, é crime e não há solução. Corra no escuro
e nenhum poste acenderá. Corra no escuro, nada vai fazer parar nada no agora. Nada vai me
parar, que a paciência se foda com essa puta que acha que sabe. Essas
cartas não vão me bastar, estão na mesa mas são idiotas. Os pontos da
continuidade, o “boa noite” sem vontade, o desespero da dor, o vazio, a falta
de amor. A falta do que não se define, a falta do teu olhar. Como o amor eu não
sei explicar, vou definir como tua barba, nunca tire sua barba, senão não há
amor. Vou malhar minha bunda pra ver se aparece o amor. Os imbecis dirão que
isso não é amor, os imbecis que vivem na dor. Imbecil por imbecil fico
comigo no meu abrigo do silêncio e do sorriso mais falso de barra, SAIA DAQUI! NÃO ESTOU AQUI, ESTOU LONGE. Já não me basta nada disso, vou embora para
outras definições, e dessa vez não há distrações. Cuide do seu sofrimento,
ninguém se importa, você está ao relento. Oco.
Boa noite, até amanhã, se Deus quiser, não peça desculpas, não há culpa. Deus
não culpa e os homens só duram até amanhã. Sprint, SPRINT! Corra com a dor, não vale a pena ter rancor.
Não existem contradições, a dor e a culpa são só condições, o rancor é a vida
que passa esmagada dentro e orgânica pelas faltas. Pro amor não existe Bíblia,
a Sagrada não conta, está cheia de pendências e as contas serão pagas agora,
com juros de anos que não se calculam por falta de cronologia.
Sprint.
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