Meus pólos estão aqui, acolá
Eles me puxam, geralmente pra baixo
Quando alguém me tenta, eu, geralmente, despenco
Quando alguém me alenta, eu engulo lágrimas com os dentes trancados
Reafirmo dizendo que serei feliz
Me afirmo dizendo que não posso mais
Não sei, só vou até onde der
Onde é que vai dar?
Os seios onde nunca mamei fartamente não secaram de saliva suja
Fujo do útero que me pariu
Fujo pra minha própria puta interna que vive me parindo
Nas esquinas, nos postes, debaixo de pouca luz
Todos os aqui. Aqui, acolá
Me aborto e me nasço
Já não sei se devo me olhar
Quem vou olhar?
Alguém para olhar?
Dedos, mãos me tocam
O quê me provoca não suporta meu porte de feto podre já de aproximadamente três ou quatro meses atrás...