sábado, 20 de agosto de 2011

Não, obrigado. Pode ir embora

Cheguei em casa com cara de espanto perante o óbvio
Mas o óbvio não deveria ser óbvio?
O óbvio escrito, inscrito, transcrito, difere do suor
Sentir o dito é objetivar o óbvio

A subjetividade se esvai lentamente com as contrações em vigor
A respiração ofega
O visual recrimina tua liberdade ilusória

Alguém pode me tocar?
Alguém sente se eu sinto febre?
Me sinto queimar
Esfaleço aos poucos e o mundo se soltou da mão de Deus

Busco explicações
Até hoje não consegui uma sequer

Aperto dúvidas nos sonos corridos
Abro pensamentos sem rumo nas ruas de domingo

Seguindo vou, pulsando fico

Não há nada que você possa fazer por mim
Nem tente, será em vão

Um comentário:

  1. Biel, também aperto "dúvidas nos sonos corridos", mas eles me ignoram tanto, ...

    Que lindo, lindo. Adoro tuas palavras. Adoro o caminhar delas...

    (...) "e o mundo se soltou da mão de Deus" ; forte!
    Um beijo meu querido.

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