quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

E depois?

O céu tá quieto, não sei se vai chover ou se vai abrir
Essa tensão me deixa alerta
Um sorriso vem em minha direção
Quem é ele que vem rindo como se me conhecesse há muito tempo?
Ninguém vai fazê-lo parar?
Ninguém tá vendo que eu não aguento mais de medo?
Tenho medo mas é bom
Mas e aí?
Como que o céu vai estar amanhã e depois e depois e depois...?

Um comentário:

  1. Para que você possa se situar, estou ouvindo More Than Words, Extreme...

    Que me dêem licença Markus Zusak, a Morte e a própria Menina Que Roubava Livros, já que a história lhe diz respeito. Pensei imediatamente neles, no momento em que li o quanto o céu estava quieto. Tão preocupado se iria chover ou não, teria você prestado atenção na cor do céu naquela hora? Qual fora a cor de tudo naquele momento? O que estivera eu fazendo naquele instante?

    E depois? Você questiona.

    E quem há de saber?

    Pobre de mim se pensasse ser capaz de responder, afinal, nem Vinícius em seus Sonetos foi capaz de fazê-lo – afinal, não conheço nenhum Soneto do Depois.

    E sorrisos são bons. E quando os dou, é de coração. E como disse Fernando Pessoa, digo a você: “E a minha alma alegra-se com seu sorriso, um sorriso amplo e humano, como o aplauso de uma multidão”.

    Mas me perguntei ao final também. Como será o céu de amanhã?

    Whathever...

    As coisas mais importantes e essenciais não são ditas, e são invisíveis aos olhos, como me confidenciou certo Principezinho.

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