Silêncio
e mais nada
Nada se pode dizer ou ouvir além do silêncio
Alguém sempre tem o que dizer pelo canto da boca
Beirando a leve experiência que saliva pouco
Silêncio
Saber-se dói
Encarar a vida de frente, os fatos concretos são o que mais me enche do incerto
Deitar, dormir no silêncio, seria cômodo
Como fios conectados sugando tudo, cada órgão, cada recheio
lento
O grito
A centelha
O recomeço
O nariz pra cima e a sustentação do day by day
(meu cabelo sempre é novo quando alguma coisa apodrece)
A necessidade do silêncio
da angústia fina que corre no monocórdio parecendo ser infinito
Mas se nem a vida própria e concreta da carne é, por quê seria?
Por quê não seria?
As incertezas do shiii, do tempo
Os limiares das pertubações
A reverberação do não e as consequências
Colocar-se um fim
da necessidade, novamente
É isso, mas não há lei
Eu perdi mais do que tu, acreditas
Eu perdi ao me permitir
mas se perde
mas se perderá
mas se
Fim
.
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