segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Rosas cegas

Sozinha no quarto com suas rosas flutuantes ela boceja esperando a luz.
As necessidades aumentam com os dias que passam, e as rosas sempre ali a murchar e a nascer junto a pensamentos e ciclos.
Dançando sozinha no escuro ela é guiada por aromas vermelhos.
Enquanto ela se perde na solidão do breu, existem morcegos que zombam de sua dança desengonçada, mas ela não se importa mais.
Dança, cai e re-dança sua insistente dança.
Às vezes, os risos entram rasgantes fazendo-a lembrar de algo que dói. Nada é definitivo.
Mas tudo bem, sempre dói, sempre vai doer até não mais pulsar.
.
..
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De repente vê-se uma luz arrebatadora fazendo-a cegar e não ver o que nunca viu.
E agora? E agora?

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