Eu lembro que fiz amor com tuas mãos, nosso suor era singular, não conseguia diferenciar a mistura que se fez da gente naquele tempo que virou espaço. Minha mão não se mexeu, minha mão morreu ali com uma leve paralisia acusando a falta de sangue. Tu me mandou o sangue através do calor, eu senti, eu recebi.
Acho que o que me mantêm vivo é o calor.
Eu percebi coisas, quando eu vi todas as coisas através do teu olhar fugaz, quando eu vi todas as poucas coisas.
Tua beleza me explica no silêncio o que eu não pedi pra saber, teu sorriso é, na verdade, um portal branco, neutro.
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