quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

A mão que me balança

Queria ter uma mamãe e um papai com uma margarina lacrada e posta à mesa, como não tenho, me sinto privilegiado, me sinto dilacerado e por vezes não amado, por vezes amado demais
Muitos extremos e muitos meios-termos

Queria uma mão de concreto me segurando, falando que as pessoas são as mesmas e que eu fui o escolhido pra daqui pra frente. Que é tudo o mesmo e que nós seremos diferentes

O pó, a morte, os oito, nove, anos de apodrecimento após. É só isso. O que impede de fecharem as cortinas? O que impede um meteoro universal? O que nos impede de aproveitar o amor?

Me segura, me leva na tentativa vã da compreensão pela utopia da imensidão
Não há nada, há pó, há nós
Há o que a gente quiser, o que vier. O querer, wannabe...

Carne em putrefação e o conta gotas que desconhece o cansaço, aberto ao acaso

Um comentário:

  1. te gosto bee tendencia.
    e acho que o mundo anda bem carente. creio que todos querem ser vistos e ouvidos(this is my religion). Todos querem mais amor e mais comentários no Facebook

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