quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Um

Eu também queria mais tempo, eu queria todo o tempo que me resta com você
Só assim eu seria feliz, só assim o tempo valeria a pena
Sou um bobo querendo provas pra te dar do que me sobrou, ainda há muito para você conhecer
Ainda existem coisas feias e bonitas
Eu pulso tanta vida, e ela pode ser só tua desde teus olhos e da tua textura
Nada mais importa, e eu giro pra querer tua felicidade
Não quero mais tristezas, às vezes me encho de incertezas

Sumo no calafrio, as pernas perdem o percurso, caminham sem vida
Me pergunto se você também sente o mesmo
Me rasgo e te rasgo sem querer
A gente tem o que aprender

Não me deixa sozinho, não me deixa sozinho, não me deixa
Escuta o grito do meu desespero calado, segura minhas cutículas e me abraça mais
Você me dá o seu máximo, eu quero mais e sofro mais por querer
Me mato mais por te amar

Me pergunto se você acredita na mesma intensidade que eu sinto quando renasço a cada instante, muitas vezes sem saber por onde começar

Hoje, mais do que nunca, sinto que os meus vários em um se juntaram à ideia do teu esqueleto que me é orgânico, sendo recheado a cada momento, a cada suspiro, rasgo, presença regada a suor e leve como algo que nunca senti para definir, como algo que nunca mais espero querer sentir
Desaprendi a possibilidade das outras possibilidades, agora só há uma, agora só há um

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